O mundo reunido em Milão, com um aumento de público de 20,2% sobre 2023 no Salone del Mobile, vivenciou um design cada vez mais sensorial, biológico, convidativo, integrado, sustentável e efetivamente conectado à existência e às soluções que demanda.

O design e a cidade. “De uma cidade, O não aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas.” O trecho, que consta da obra-prima “As cidades de invisíveis”, do escritor italiano Italo Calvino (1923-1985), nos imerge na relação particular, mas também de perspectiva coletiva, que temos com as cidades, as nossas, as que visitamos, as que amamos. E, também, nos transporta à relação intrínseca entre o design e a cidade, da tradição ao presente e ao avanço para o futuro. Em um momento de transformação constante da sociedade como o que vivemos atualmente, em que a relação com o espaço extrapola o universo privado para repensar os espaços de convívio e a forma acessível como podemos – e devemos poder – nos relacionar com nosso entorno, o design pensa e está cada vez mais imiscuído no espaço urbano e em diálogo com a arquitetura, a memória e as necessidades do presente e do futuro. Esta 62º edição do Salone del Mobile.Milano e da Milan Design Week como um todo, com o Fuorisalone e as mostras e eventos por toda a cidade de Milão, trouxe muito à tona esta reflexão. Realizado de 16 a 21 de abril, o 62º Salone del Mobile registrou 370.824 visitantes, 53,9% do exterior, e 1.950 expositores.

E de um design sensorial já sabemos, não basta existir. Viver é mais, sentir, fruir, fluir. Esta edição do Salone del Mobile e da Milan Design Week cristalizou de forma muito marcante estes conceitos, metatendências que vêm se apresentando de forma muito expressiva na última década e se reforçaram a partir da edição de retomada, com o supersalone, em setembro de 2021 – com cobertura exclusiva, direto de Milão, por esta colunista, convidada pelo Salone del Mobile.Milano para ir até a Itália quando ainda o ingresso naquele país e várias partes do mundo de pessoas provenientes do estrangeiro estava bastante restrito e controlado por conta dos efeitos da pandemia. Pois bem, 2021 foi um ano importante de virada, de quebra de paradigmas e proposição e fortalecimento de novas abordagens nas formas de morar, viver e na própria concepção do design, como um todo. As edições posteriores que cobrimos vêm consolidando este novo olhar e indicando com expressividade, sensibilidade e muita arte a materialização, e a desmaterialização também, de metatendências que vão marcar muito nossa vida daqui por diante. Trazemos nesta edição uma seleção de inspirações, direto de Milão 2024.

A Coleção Dolce Far Niente, lançamento da Modalle Móveis em sua 4º participação consecutiva como expositora do Salone del Mobile, com design de DIEEDRO por Jayme Bernardo, é composta por um sistema modular de sofás outdoor, que se encaixam perfeitamente também em projetos indoor.

Com estilo minimalista, a Coleção tem estrutura em alumínio e encosto trançado em corda náutica chata de 6mm, assento tapeçado fixo e tapeçaria de encosto removível. A relevância intrínseca da cultura, em seu presente, passado e futuro, e a sustentabilidade são traços marcantes da coleção, que demarca a primeira colaboração entre a Modalle e Jayme Bernardo.